O livro de
Isaías diz que, através do seu sacrificio Ele levou os nossos pecados, nossas
dores e medos, o que é muito bom, mas o que é mais precisoso para nós é que
pelo seu sangue derramado naquela cruz, Ele nos deu livre acesso ao Pai,
abrindo uma porta para a vida eterna.
Ele disse: “
Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”
Nós
estavámos separados de Deus, mortos em nossas culpas e pecados ( Rm 3.23;
Ef.2.1).
Jesus nos
abriu uma porta que leva direto ao trono do Pai.
Somos cheios
de falhas e defeitos,”...Mas Deus sendo rico e misericórdia, por causa do
grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu
vida juntamente com Cristo”. (Ef. 2.4)
No momento
em que Jesus entregou o seu espirito na cruz, a Bíblia diz que “o véu do templo
se rasgou em dois, de alto a baixo. ( Mt.27.51 )
O que isso
quer dizer?
No antigo
Israel apenas o sumo sacerdote podia, uma vez por ano, passar pelo véu (
cortina ) e entrar no Santo dos Santos (Ex.26.31; Hb.9.1-8); mas desde que o
véu foi rasgado, o caminho para Deus está aberto. (Hb. 10.19-20).
A cortina (
véu ) que separava o Santo dos Santos do resto do templo foi rasgada de alto a
baixo de maneira misteriosa, demonstrando que foi Deus que fez aquilo, e não
algum homem.
Esse fato
trouxe uma nova forma de adoração a Deus.
Naquele
momento foi colocado um fim a todos os cultos levíticos, (Rm. 10.12; Hb.9.8-12)
e teve início essa nova forma de entrar na presença de Deus, ou seja, não seria
mais preciso o sacrifício de animais, mas sim a fé no sacrifício de Jesus
Cristo (Hb. 10.19; Ef. 3.12)
O véu se rasgou
de alto a baixo servindo como sinal de que a partir daquele momento havia um
novo e vivo caminho até o Pai.
Um provável
resultado desse rompimento sobrenatural do véu se encontra registrado em Atos
6.7, que diz: “E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava
muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.”
Ora, os
sacerdotes do templo em sua maioria, eram contrários as idéias de Jesus, mas
depois de terem presenciado aquele milagre no templo, se renderam a Cristo.
Os
sacerdotes que viram o véu se rasgar de alto a baixo se converteram porque
naquele momento sabiam que o homem que estava sendo crucificado era
vedadeiramente o Filho de Deus, o Messias de que as Escrituras tanto falavam.
Acredito que
estes homens até tiveram o prazer de andar com o Cristo ressucitado depois
desse acontecimento.
Quando não
acreditávamos em Cristo e em seu
sacrificio estávamos separados de Deus, mas hoje, crendo que Ele se entregou na
cruz por nos amar, temos livre acesso a Deus por Esse novo e vivo caminho e
pelo sangue de Jesus , nosso eterno e
sumo Sacerdote. Aquele que intercede por nós junto ao Pai.
Jesus nos
abriu esse caminho nos livrando da ira futura que virá sobre a humanidade e nos
transportou para o reino do seu amor.
Isso que
Jesus conquistou na cruz, ou seja, esse livre acesso, nos dá a oportunidade de
estar mais próximos de Deus em cada oração, em cada culto de adoração, em cada
momento da nossa vida podemos acessar a Deus, sem culpa, sem medo de ser
consumido, mas com a certeza de que o Sumo Sacerdote Jesus Cristo está nos
ajudando em tudo.
O dia em que
se rasgou o véu do templo em Jerusalém: "Eis que o véu do santuário se
rasgou em duas partes de alto a baixo..." (Mt 27.51), começou o grande
desafio daqueles que seguiam a Jesus Cristo, pois teriam que anunciar as boas
novas.
Em 1
Coríntios 11.26 está escrito: "...anunciais a morte do Senhor, até que ele
venha." Mesmo que os sofrimentos de Jesus Cristo e Sua morte na cruz sejam
o centro das pregações nas igrejas ( e têm que ser assim mesmo ), quando não se
inclui o final do versículo, "...até que ele venha", isso é somente
tradição cristã sem esperança viva.
Quando Jesus
estava dependurado na cruz, cheio de dores, carregando os seus e os meus
pecados, no momento de Sua morte, o véu do templo rasgou-se de cima a baixo.
Tão inimaginável quanto foi o véu abrir-se sozinho e rasgar-se em duas partes,
também será extraordinária a volta do Senhor.
Quando Jesus, naquela ocasião, passou da vida
para a morte, pela Sua morte Ele abriu esse véu do templo.
E depois, Ele próprio entrou no Santo dos
Santos: "Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos..., porém no
mesmo céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus" (Hb 9.24).
Quando Ele disse triunfalmente "Está consumado!" (Jo 19.30), e por
último gritou em alta voz: "Pai, nas tuas mãos entrego o meu
espírito!" (Lc 23.46), o véu do templo rasgou-se em duas partes (v.45). Ao
recordarmos tudo isso, deveríamos prestar atenção também no véu, na cortina do
santuário!
Porque o véu
se rasgou e nos deu livre acesso ao Pai. Como assim?
Jesus é o
nosso Sumo Sacerdote. Quando oramos ao Pai em nome de Jesus Cristo, estamos
fazendo o mesmo que o povo de Israel fazia levando suas culpas e pecados junto
com uma oferta (sacrificio) para o sumo sacerdote da época, como Arão por
exemplo.
Mas não era
só isso, pois da mesma maneira que o sumo sacerdote entrava para interceder
pelo povo, ele também retornava de dentro do Santo dos Santos com o perdão de
Deus para o povo.
Pensando
desta forma, entendemos que depois do véu se rasgar, o próprio Jesus entrou no
Santo dos Santos, ou seja, no céu, levando os pecados do mundo e sendo Ele
mesmo o sacrificio agradável a Deus, e agora nós precisamos ficar com os olhos
bem abertos, olhando para as cortinas do templo até que Jesus volte.
Permitam-me
comparar figuradamente o que aconteceu no Calvário com a volta de Jesus Cristo,
mesmo que a seqüência dos fatos seja invertida. A volta de Jesus – quem sabe
quão breve – terá seu início com um alto brado: "Porquanto o Senhor mesmo,
dada a sua palavra de ordem... descerá dos céus..." (1 Ts 4.16).
Deveríamos ter sempre em mente esses dois contrastes – a morte de Jesus e Sua
volta. Pois então vemos, por um lado, o acesso aberto ao Santo dos Santos, onde
Jesus entrou, e, por outro lado, figuradamente falando, parece que o véu
move-se novamente porque Ele está retornando. Parece que Jesus se prepara para
Sua volta. Ele descerá dos céus dada a Sua palavra de ordem, ao ressoar da
trombeta. O sumo sacerdote no Antigo Testamento tinha pequenas campainhas na
bainha de suas vestes: "...para que se ouça seu sonido, quando entrar no
santuário diante do Senhor e quando sair..." (Êx 28.35). Parece que o
sonido das campainhas já se faz ouvir detrás da cortina: "Ele vem! Ele
virá em breve!" Se você prestar atenção à Bíblia, se você ficar atento à
Palavra Profética pressentirá que Sua volta está próxima!
Deus deu a
Seus filhos o encargo: "...anunciais a morte do Senhor...", e isso
sempre tendo diante dos olhos Sua volta: "...até que ele venha." Como
podemos fazer isso? Principalmente através de nossa maneira de viver.
O véu que se
rasgou no templo é uma ilustração do acesso ao Lugar Santíssimo pelo sangue de
Jesus. Assim somos exortados a repensar nossas convicções. Vivemos realmente no
Santo dos Santos? Ou nos encontramos do lado de fora do véu? Se considerarmos
essa situação, as palavras de Filipenses 3.20 tornam-se muito esclarecedoras:
"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador,
o Senhor Jesus Cristo." Mesmo vivendo nesta terra, deveríamos viver como
se estivéssemos detrás do véu, dentro do Lugar Santíssimo. Isso é viver na
pátria celestial, isso é viver na luz!
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