A TEORIA DA TRAVE.
TEORIA DA TRAVE!!!
Graça e paz a todos!
Nesta matéria quero levantar um assunto ao qual intitulei “ teoria da trave”, e está dentro dos assuntos
necessários para a Igreja de nosso dias. O assunto em questão está baseado em
Lucas 6:37-49 onde Jesus trata dos conceitos humanos com relação aos pecados
alheios( dos outros ). O tão popularmente conhecido “apontar de dedo” é completamente
pulverizado pelo Mestre com a pergunta feita no verso 41 “Por que vês o
argueiro ( argueiro=cisco ) no olho de teu irmão, e não reparas na trave
(trave=tronco de árvore) que está no teu próprio olho?”
Sendo Senhor e conhecedor do coração humano (Jeremias 17:10;
Salmo 139 ), Jesus coloca por terra o conceito de justiça humana. Salomão
também observou esse comportamento em sua época e expressou-se da seguinte
forma: “Pois não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque (
Eclesiastes 7:20 ). Isaías por sua vez nos deixou também o seu conceito com
relação a justiça humana no capítulo 64 e no verso 6 do livro que leva o seu
nome: “Pois todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como
trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades,
como o vento, nos arrebatam”. ( Isaías 64:6 )
A verdade que custamos a aceitar é que, se têm uma coisa que gostamos de fazer, essa
coisa chama-se: JULGAR AS PESSOAS. Em qualquer conversa, sobre qualquer
assunto, é muito fácil ver irmãos vestindo a “Toga” de juiz e, na maioria das
vezes, sentenciando alguém ao fogo eterno, e sem misericórdia. Desconsideram as
palavras do apóstolo Pedro no que diz respeito a vontade de Deus em sua
criação: “Ele é longânime para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão
que todos cheguem ao arrependimento” ( 2ª Pedro 3:9 ).
Alguns poderão se levantar ofendidos dizendo que a Bíblia
nos manda exortar aos irmãos que se encontram em pecado. Podem até mesmo usar
textos como Hebreus 3:13 “antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias,
durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo
engano do pecado”. Eu concordo em número, grau e gênero com essa palavra;
porém, não podemos confundir “exortar”
com “julgar”. Temos o dever de exortar, mas não temos o direito de julgar. A
exortação é motivada pela esperança de que aquele que está sendo exortado volte
ao caminho da verdade; mas o julgamento é motivado pelo desejo de condenação, e
frequentemente acompanhado de palavra do tipo: “ Esse aí não tem mais jeito”, “
não adianta”; e de sentimentos semelhantes aos da parábola do fariseu e o
publicano ( Lucas 18:9-14 ).
Quando julgamos os outros corremos o risco de sermos julgados
por Deus com a mesma medida e com a mesma intensidade. Imagine se Deus, olhando
para todas as nossas mazelas e imperfeições, pusesse de lado a palavra “misericórdia”! O que seria
de nós? Certamente seríamos consumidos como está em Lamentações 3:22.
Geralmente somos bons advogados das nossas próprias causas,
mas a Bíblia diz em Provérbios 16:2 que “Todos os caminhos do homem são limpos aos seus
olhos; mas o Senhor pesa os espíritos”.
Temos que desenvolver um
senso de julgamento que nos faça olhar primeiro para nós mesmos para assim
podermos ajudar aos que estão fracos na fé, usando legitimamente do direito de
julgar que Jesus nos deu no texto de João 7:24 “Não julgueis pela aparência mas julgai
segundo o reto juízo”.
Isso significa que quanto mais buscarmos a santificação em
Cristo Jesus através das Escrituras Sagradas, melhor será o conceito de justiça
em nossas exortações e ações, trazendo uma visão mais ampla e de melhor
proveito para edificação dos santos.
Então, quando pensarmos em julgar alguém ou alguma situação,
devemos primeiramente olhar para nós mesmos e ver se temos condição de dar
opinião, ou de aconselhar, ou de indicar o melhor caminho; pois Jesus nos
ensinou dentro do contexto geral da “teoria da trave”, que UM CEGO NÃO TEM
CONDIÇÕES DE GUIAR OUTRO CEGO!
Pr. Francis Vieira
IEAMU – CORDEIROS/Bahia
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